Estima-se que haja 1,1 milhão de pessoas com Alzheimer no Brasil.
A doença é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se instala quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. Com informações do Ministério da Saúde e da Associação Brasileira de Alzheimer, falamos sobre fatos comuns da doença de Alzheimer:
1. A causa do Alzheimer ainda é desconhecida
Mas acredita-se que seja algo determinado geneticamente. A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade, respondendo por mais da metade dos casos.
2. O anatomia do cérebro é afetada pelo Alzheimer
A principal alteração é o aparecimento de placas senis, que se formam pelo depósito de uma proteína específica, e de emaranhados das fibras dos neurônios, que se formam pelo metabolismo inadequado de um outro tipo de proteína. Outra alteração observada na anatomia do cérebro é a redução progressiva do seu volume. Isso acontece porque a doença de Alzheimer diminui tanto o número de neurônios quanto das ligações entre eles.
3. Existem diferentes estágios da doença
A doença de Alzheimer costuma evoluir para diferentes estágios de forma lenta e não há o que possa ser feito para barrar seu avanço. A partir do diagnóstico, a sobrevida média oscila entre 8 e 10 anos e o quadro clínico é descrito pelas condições cognitivas, motoras e emocionais da pessoa em diferentes momentos da doença.
4. Perda de memória é apenas um sintoma da doença de Alzheimer
A perda de memória recente é o sintoma mais característico. Com a progressão da doença, vão aparecendo outros mais graves como perda de memória remota (ou seja, dos fatos mais antigos), irritabilidade constante, falhas na linguagem e prejuízo na capacidade de se orientar no espaço e no tempo.
5. Quanto antes antes a doença for descoberta, melhor
Quanto maior e mais rápida for a estimulação cognitiva da pessoa com Alzheimer, maior será o número de conexões criadas no cérebro. Isso amplia a possibilidade de contornar as lesões causadas pela doença, sendo necessária uma maior perda de neurônios para que os sintomas comecem a se intensificar.
6. Não tem como prevenir a doença de Alzheimer
Ainda não existe uma forma de prevenção específica para a doença. No entanto, os especialistas acreditam que manter a cabeça ativa, socializar e ter bons hábitos de vida podem retardar ou até mesmo inibir a manifestação do Alzheimer.
7. O tratamento para a doença não é só medicamentoso
Já existe uma boa oferta de medicamentos capazes de minimizar os distúrbios do Alzheimer. Eles devem ser prescritos por um neurologista ou psiquiatra geriátrico. O objetivo do tratamento é estabilizar o comprometimento cognitivo, do comportamento e da realização das atividades de rotina, com o mínimo de efeitos adversos. No entanto, há evidências científicas que indicam que atividades de estimulação cognitiva, social e física também trazem qualidade de vida à pessoa com Alzheimer. Então, elas também entram como parte do tratamento.
8. Alzheimer e demência não são a mesma coisa
A demência é uma doença mental caracterizada por prejuízo cognitivo que pode ou não ser acompanhado por mudanças no comportamento ou na personalidade. Muitas doenças podem causar um quadro de demência. Entre as várias causas conhecidas, a doença de Alzheimer é a mais frequente.
9. Pessoas com Alzheimer precisam de cuidado integral
A pessoa com Alzheimer deve ser cuidada o tempo todo. Mas isso não significa que ela precise ficar internada em centros de referência como hospitais e clínicas. Cuidadores, enfermeiras, outros profissionais de saúde e até familiares podem se encarregar de detalhes relativos à alimentação, ambiente e outros aspectos que melhoram a qualidade de vida de quem sofre com a doença.
Fonte: https://sciath.com.br/
Foto: Freepik