Na terceira idade, doenças comuns desta fase devem ser acompanhadas para não se tornarem irreversíveis
A saúde dos olhos deve ser preservada por todos desde o nascimento, mas, crianças e idosos, em especial, demandam cuidados específicos para manterem o bem-estar ocular.
Na infância, a visão está em desenvolvimento e as crianças estão aprendendo a lidar com os estímulos visuais. Já na terceira idade, doenças comuns desta fase devem ser acompanhadas para não se tornarem irreversíveis.
Cuidados com as crianças
De acordo com o oftalmologista, Fernando Lemgruber, logo após o nascimento, é importante que o bebê faça o teste do olhinho, iluminando os olhos do recém-nascido por meio de um aparelho chamado oftalmoscópio.
Quando a criança chega aos três ou quatro anos de idade, período em que, muitas vezes, são introduzidas na escola, é o momento de passar por uma avaliação oftalmológica mais completa. O retorno ao consultório depende de cada caso e do histórico familiar.
“É importante estar atento ao hábito da criança esfregar os olhos e algumas alterações de comportamento, como chegar muito perto da televisão, e outras atitudes que demonstrem uma dificuldade para enxergar”, ressalta.
O médico orienta que os pais também podem fazer testes em casa, pedindo que a criança tampe um olho e diga o que está escrito ou desenhado, depois tampe o outro olho, repetindo a pergunta.
Caso respondam algo diferente do que foi mostrado, é fundamental consultar um oftalmologista.
“Se houver uma diferença de grau muito grande nos dois olhos da criança e isso não for corrigido precocemente, com óculos ou tampão, por exemplo, esse olho pode passar a ser amblíope, ou seja, essa criança não vai desenvolver a visão adequadamente porque não houve o estímulo necessário”, alerta o médico.
Cuidados com os idosos
Entre os idosos, é essencial que sintomas ou qualquer alteração na qualidade da visão não sejam ignorados. Entre as doenças mais comuns na terceira idade estão:
A catarata e o glaucoma – principal causador de cegueira irreversível.
A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) – causada por uma alteração em uma camada da retina, que leva à perda progressiva da visão central.
“Se o paciente possui histórico familiar com doenças oculares, ele precisa ter uma avaliação com o oftalmologista baseada em intervalos mais curtos. O especialista fará o exame completo, avaliando grau, pressão ocular, fundo de olho e mapeamento de retina, se necessário. Caso o paciente apresente alguma doença associada, como retinopatia, diabetes ou hipertensão arterial, talvez precise também de um acompanhamento mais precoce”, recomenda o oftalmologista Fernando Lemgruber.
Fonte: https://noticias.r7.com/
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