Caracterizada pelo aumento da pressão do sangue contra a parede das artérias, a hipertensão não tem cura, mas pode ser tratada, evitando complicações. Silenciosa, geralmente sem apresentar sintomas, a hipertensão requer atenção aos sinais, como dor de cabeça e/ou dor na nuca, zumbido no ouvido, sangramento no nariz, dor no peito, fraqueza e tontura e visão embaçada.
A hipertensão arterial sistêmica (HAS), doença multifatorial, tem detecção tardia, justamente por ser assintomática. Entre os idosos, é uma das mais prevalentes na prática clínica e um dos principais fatores de risco para morbimortalidade cardiovascular – cerca de 60% em diversos países desenvolvidos, bem como em nações latino-americanas. No Brasil, atinge aproximadamente 30 milhões de pessoas, sendo que 50% destes são assintomáticos.
É ainda alto o índice de hipertensão em pessoas com obesidade, com associação ou não recorrente de fumo, estresse, diabetes, consumo de bebidas alcoólicas, colesterol alto, má alimentação e consumo exagerado de sal. Particularmente, também acomete mulheres grávidas.
Para prevenir e controlar a pressão alta é preciso manter o peso ideal, praticar atividades físicas, ter hábitos saudáveis e verificar a pressão pelo menos uma vez ao ano. Quem já é hipertenso precisa manter a pressão sob controle (inferior a 13,5/8,5) e realizar exames periódicos com um cardiologista.
A pressão alta também é um dos fatores desencadeantes da fibrilação atrial, um tipo de arritmia cardíaca muito comum na população em geral, com viés mais ascendente em idosos. O risco de desenvolver uma Fibrilação Atrial é aumentado tanto em homens como em mulheres, representando 14% dos casos deste tipo de arritmia. A Fibrilação Atrial é caracterizada pelo ritmo de batimento rápido e irregular dos átrios (câmaras superiores do coração), que afeta 2,5% da população mundial (aproximadamente 175 milhões de pessoas), sendo que 10% desse total pertence ao grupo acima dos 75 anos de idade. O Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, é umas das consequências desta arritmia.
Tratamento
O grande problema para o tratamento da hipertensão na terceira-idade é a polifarmácia. A interação entre os vários remédios, para as mais diferentes condições associadas com a idade, que geralmente causam efeitos colaterais mais fortes. A idade é fator de risco independente para AVC, em especial em pacientes com fibrilação atrial. A polifarmácia acontece quando um paciente utiliza quatro ou mais medicamentos ao mesmo tempo. Alguns levantamentos confiáveis apontam para uma média de oito tipos de medicamentos diferentes utilizados por pacientes idosos, o que é considerado uma polifarmácia alta.
É importante que o paciente hipertenso siga as recomendações médicas. Muitas vezes, há baixa adesão ao tratamento, inclusive entre os idosos. Tal como as medidas preventivas e de combate à hipertensão, os tratamentos e as recomendações médicas são fundamentais.
Fonte: Minha vida