“Quando a avó de 90 anos de Luana Kuster Ribeiro decidiu que não queria mais morar sozinha e nem “incomodar” a família, os filhos e netos resolveram ajudá-la na busca por um novo lar. “Nós procuramos um lugar que tivesse cara de casa. Onde houvesse um ambiente acolhedor, que transmitisse confiança, e onde ela pudesse manter a independência que já tinha”, conta a designer.
A escolha foi por uma instituição particular que tem como foco a abordagem centrada na pessoa idosa. “Ela está ótima, ativa e super feliz. Lá, recebe todo o cuidado e atenção que precisa e ainda consegue manter a liberdade dela”, afirma Luana.”
“Pelo que explica o médico especialista em geriatria, saúde coletiva e medicina preventiva, Vitor Brasil, abordagem centrada é um conceito genérico que pode ser aplicado a qualquer grupo: à criança, à mulher, ao homem ou ao idoso. “Para que funcione, no entanto, é preciso que atenda todas as necessidades da pessoa em questão, respeitando a individualidade de cada um”, esclarece.”
“Segundo ele, a modalidade de atendimento – que surgiu nos Estados Unidos – tem por base a experiência subjetiva da pessoa, ou seja, seu repertório de vida. “No caso do idoso, esse tratamento pode não ser apenas a administração correta de um remédio, mas possibilitar que faça uma chamada de vídeo para falar com uma filha que mora fora do país, por exemplo. O que importa é o que está realmente precisando naquele momento”, garante.
Vitor explica que instituições que se propõe a prestar atendimento nesse sentido precisam estar atentas a dois pilares: a autonomia da pessoa idosa (que tem a ver com o lado intelectual dela) e a independência, que envolve aspectos como a mobilidade. “Prevenir uma depressão com atividades interativas e sociais muitas vezes é mais importante do que fazer o ajuste total do medicamento”, alerta.”
Fonte/Texto Original: semprefamilia.com.br
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