Mas isso não quer dizer que os idosos devem ficar despreocupados com relação às dificuldades que têm para dormir. Ter um sono de qualidade faz bem independentemente da idade. A insônia, por exemplo, pode ter consequências sérias, que vão desde lapsos durante as atividades rotineiras, passando pelas famosas “pescadas”, até depressão. Diminuição do rendimento no trabalho e nos estudos, aumento do risco de sofrer acidentes de trânsito, surgimento de irritabilidade e crescimento das chances de desenvolver doenças como hipertensão e arritmia cardíaca também podem aparecer.
Se você tem tido dificuldades para dormir, é fundamental procurar um médico especializado em medicina do sono, pois a insônia tem cura. O neurologista do Instituto de Medicina e Sono de São Paulo, Shigueo Yonekura, orienta que “se a insônia for simples, ou seja, durar menos de 20 dias, pode ser tratada com pequenas mudanças de hábitos. Caso seja crônica, com mais de 20 dias de duração, é melhor procurar tratamento médico adequado”.
Faz parte do tratamento o uso de medicamentos hipnóticos, que provocam e prolongam o sono. “Existem os hipnóticos benzodiazepínicos, como o clonazepam, e os não benzo daizepínicos, como o zolpidem. Atualmente, se dá preferência à segunda categoria, pois tem menor chance de efeitos colaterais e dependência”, explica a médica pneumologista Luciana Palombini, do Instituo do Sono.
“Também podem ser utilizados fitoterápicos, entre eles a valeriana, que é hipnótica e não tem efeitos colaterais”, orienta. Passiflora, melissa e avenna sattiva são outras plantas que têm propriedades calmantes e podem ajudar o insone a dormir melhor. Além disso, existe o tratamento comportamental, que exige mudanças de hábitos pelos quais a pessoa passa a ser mais regrada com relação ao sono.
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