Além de perda de memória e confusão mental, outros sinais podem apontar para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas
A demência é uma condição que atinge até 25% das pessoas com mais de 85 anos no Brasil, de acordo com um estudo de 2019 publicado no jornal científico do Hospital Albert Einstein. A doença é progressiva e os sintomas iniciais bastante conhecidos: perda de memória e confusão são os mais comuns.
Pessoas idosas que perdem as chaves ou os óculos com frequência, esquecem as palavras durante uma frase, não lembram de situações recentes ou se perdem em caminhos familiares, podem estar desenvolvendo a doença.
Problemas na fala e dificuldade em tomar decisões também estão entre os sinais. Porém, há outros indícios sutis que podem alertar para o desenvolvimento de alguns tipos de demência (como o Alzheimer, por exemplo). Confira:
Problemas de visão e perda auditiva
Um estudo feito no Reino Unido pela UK Biobank mostra que pessoas com degeneração macular relacionada à idade têm 25% mais chance de ter demência. Pacientes com catarata têm 11% mais risco de demência, e aqueles com problemas de visão em consequência do diabetes têm 61% mais chance de desenvolver a condição.
Outra pesquisa feita pela Universidade de Oxford descobriu que perda auditiva em idosos também pode estar relacionada à demência. Segundo a pesquisadora Katie Puckering, do Instituto de Pesquisa de Alzheimer do Reino Unido, há duas possíveis explicações para prestar atenção nos sintomas.
“A perda auditiva pode estar ligada a mudanças celulares no cérebro. Mas a perda de visão e audição pode levar o idoso ao isolamento social, que é conhecido há anos como um fator de risco para Alzheimer e outras formas de demência”, explicou, em entrevista ao jornal the Telegraph.
Mudanças de humor
Segundo um estudo publicado em 2017 na revista científica Journal of Neurology, Neurosurgery and Psychiatry, pessoas com quadros iniciais de demência param de achar piadas engraçadas ou não entendem situações que costumavam achar divertidas. Outro levantamento de 2009 mostrou que pacientes com demência também têm dificuldade em entender sarcasmo.
Problemas na gengiva
Uma pesquisa de 2019, publicada no Journal of Periodontology, afirma que pessoas com problemas na gengiva têm risco maior de demência. Outras publicações já mostraram que a saúde bucal está relacionada a problemas mentais e pode estar ligada também à diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto, obesidade e alcoolismo — todos também são fatores de risco para a demência.
Isolamento social
Um dos sintomas que aumentam o risco de demência é o isolamento social. A falta de paciência com amigos e familiares e a preferência por ficar sozinho podem ser sinais de problemas químicos no cérebro ou falta de vitaminas.
Fonte: https://www.metropoles.com/
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