O transtorno de ansiedade é caracterizado por ansiedade e/ ou preocupação excessiva acompanhados de tensão muscular e hipervigilância. Estima-se que 5% dos adultos com mais de 65 anos sofram de transtorno de ansiedade.
Transtorno de ansiedade pode ser diagnosticado quando os seguintes sintomas permanecem por 6 meses ou mais:
- Tensão Motora: incapacidade de relaxar, tremores.
- Hiperatividade autônoma: sudorese excessiva, palpitações, sensação de boca seca, acesso de frío ou calor, poliuria (vontade de urinar além do normal) e/ ou diarréia.
- Sensação de ansiedade: preocupação constante ou pressentimento de que algo ruim vai acontecer com amigos ou familiares.
- Vigilância ou estado permanente de atenção: insônia, nervosismos, falta de concentração.
Em adultos que já passaram dos 60 anos, normalmente, transtornos de ansiedade duram anos. Na maior parte das vezes, aparecem associados a Depressão, doenças graves ou reações adversas de medicamentos.
Baseado nos padrões de comportamento dos pacientes, o transtorno de ansiedade pode ser classificado em:
- Fobias: sintomas de medo irracional e persistente de alguma situação. Um exemplo é a síndrome do pânico. Podem ser causados por traumas de violência como assaltos, queda na rua, doença grave de si mesmo ou pessoa querida.
- TOC (transtorno compulsivo obsessivo): preocupações excessivas. São idéias obsessivas ou pensamentos recorrentes e persistentes que provocam atos repetitivos. Por exemplo, uma preocupação excessiva de pegar uma gripe leva algumas pessoas a lavarem as mãos várias vezes por hora, chegando ao ponto de machucá-las.
- Associação ao passado: traumas do passado causam os sintomas do transtorno de ansiedade.
Frequentemente, é muito difícil tratar o transtorno de ansiedade. Pois, muitos pacientes acabam tendo outros transtornos mentais concomitantes, como hipocondria, somatização de situações diversas da vida, declínios funcionais cuja causa não foi identificada, etc. Outros aspectos que complicam o tratamento são alcoolismo, depressão e insônia.
Tratamentos não farmacológicos podem surtir efeitos muito positivos. Por exemplo, terapia psicológica é um exemplo de tratamento com histórico positivo especialmente para TOC. O uso de medicamentos, como ansiolíticos, são mais usados em casos em que há associação com depressão.
Fonte: Guía Práctica para La asistencia del paciente geriátrico. 3a edição, 2009.
Fonte: https://idosos.com.br/
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