“A prática da atividade física é importante em qualquer idade. Mas para os idosos tem uma importância ainda maior, porque o idoso já está com suas articulações comprometidas e a carga muscular enfraquecida, com maior tendência de queda e acidentes domésticos. A atividade física é capaz de fortalecer, não somente os aspectos físicos para evitar os possíveis acidentes e doenças, mas também fortalece a autoestima, melhora a sensação de felicidade, entre outros aspectos”, avalia a coordenadora.
O professor Eric Paschoal, neurocirurgião e neurorradiologista intervencionista, atua no Ambulatório de Neurocirurgia Vascular e de Neurorradiologia do Hospital Ophir Loyola (HOL), explica o que é o AVC. “Trata-se de uma alteração neurológica que surge de forma súbita em virtude do comprometimento do fluxo sanguíneo cerebral, determinando a morte dos neurônios situados no tecido afetado. A cada minuto, 1,9 milhão de neurônios morrem. O AVC é uma doença bastante impactante, e é a segunda que mais afeta a população no Brasil, em especial nas localidades mais carentes”, informa.
O AVC ocorre mais em idosos porque é uma doença que está diretamente relacionada ao processo inflamatório crônico, e assim determinado por aterosclerose, o que piora ao longo da vida. Mas a doença também pode ocorrer em jovens e adultos, sendo a causa mais comum um machucado na artéria, conhecido como dissecção arterial, que surge de forma espontânea ou por trauma e infecções, mas em todas elas com uma predisposição individual.
Sintomatologia – “Os sintomas estão especialmente relacionados com a dificuldade de expressar ou compreender objetos e pessoas, dificuldade para falar, dificuldade para levantar um membro, que é associado à alguma dificuldade de movimentar, dificuldade em sorrir, pois a boca entorta para um dos lados. As causas são divididas em fatores modificáveis e não modificáveis. Os fatores modificáveis, em que se pode diminuir a chance de um AVC, destacam-se que 90% de casos evitáveis estão relacionados com tabagismo, uso de anticoncepcional, stress emocional constante, falta de exercício físico, obesidade, entre outros”, acrescenta o especialista.
A atividade física reduz os níveis de pressão alta, açúcar no sangue e colesterol, sendo responsável pelo aumento dos níveis de endorfina, que atua como substância do prazer e diminui o stress emocional, os níveis de cortisol sanguíneo e a obesidade. Inibe também os genes envolvidos com processos inflamatórios, que aumentam a chance de aterosclerose e lesões associadas.
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