O diabetes em idosos é cada vez mais presente. Infelizmente, essa doença pode trazer diversos outros problemas (silenciosos) relacionados à saúde. Saiba como reconhecer e evitar.
Enquanto a expectativa de vida aumenta, os números do diabetes em idosos também crescem. Porém, será que as pessoas com idade acima de 65 anos realmente devem ser tratadas igualmente aos mais jovens? A resposta, dizem os especialistas, é não.
Apesar de a pessoa idosa estar sujeira as mesmas complicações que as mais novas, o aumento do risco cardiovascular exige maior atenção.
O que fazer para cuidar de um idoso com diabetes?
É importante salientar que o diabetes em idosos exige tratamento individualizado.
Os principais objetivos devem ser o de tratar (controlar) o diabetes evitando suas complicações urgentes, como as quedas do nível de glicose no sangue (hipoglicemia), ou as complicações de longo prazo, como problemas de circulação (que podem levar a amputações) ou problemas de visão (que podem levar à cegueira), dentre outros.
Alguns sintomas incluem fome e sede excessiva e vontade de urinar várias vezes ao dia. No diabetes tipo 1, pode ocorrer também perda de peso, fraqueza, fadiga, mudanças de humor, náusea e vômito.
No tipo 2, são sintomas também formigamento nos pés e mãos, infecções na bexiga, rins, pele e infecções de pele, feridas que demoram para cicatrizar e visão embaçada.
Nos pacientes idosos, as hipoglicemias podem ser confundidas com doenças neurológicas, como isquemias e demência. Outros sintomas bem comuns da diabetes em idosos são: fraqueza, delírio, confusão, tontura.
Os sintomas tendem a aparecer principalmente quando os idosos usam medicamentos capazes de estimular o pâncreas a secretar insulina. Ou ainda naqueles que usam insulina.
Outro ponto importante sobre o manejo do diabetes em idoso é justamente a modificação do estilo de vida. Muitas pessoas na terceira são completamente sedentárias e há vários motivos para isso.
Entre os maiores problemas que ajudam no sedentarismo estão: dificuldades na visão, depressão, insegurança, dentre outros. Isso acaba fazendo com que os idosos se movimentem menos. E quanto menos exercícios no paciente diabético, pior tenderá a ser o metabolismo da glicose, favorecendo o aumento dos níveis de glicose no sangue.
Sendo assim, uma atividade física orientada por profissional habilitado (que consiga criar empatia com o idoso, estimulando-o ao exercício), acompanhada de uma alimentação apropriada (ao gosto do idoso) acabam criando um ambiente que contribui para o controle e melhora do diabetes em idosos.
Quando a pessoa é considerada diabética?
- Quando o exame de glicose no sangue (glicemia em jejum) for superior ou igual a 126mg/dl.
- Quando o exame de glicose no sangue (glicemia sem relação com o tempo da última refeição) for superior ou igual a 200mg/dl, acompanhado de queixas comuns como muita sede, fome excessiva, emagrecimento.
- Quando o exame de sobrecarga de glicose (glicemia após 2 horas de consumida uma solução com 75g de dextrosol) se apresentar superior a 200mg/dl
O que é uma pessoa pré-diabética?
É alguém cujos níveis acima estão acima do considerado normal, mas abaixo do considerado patológico. Sendo assim, o pré-diabetes serve de alerta para que a pessoa mude seus hábitos e estilo de vida.
Qual a diferença entre pré-diabetes e diabetes?
O pré-diabético terá valores entre o normal e o diabético (100mg/dl a 125mg/dl) para a glicemia de jejum, para a glicemia a qualquer momento (140mg/dl a 199mg/dl) e para o exame de sobrecarga de glicose (140mg/dl a 199mg/dl). Fonte: Dra. Mariana Guerra, endocrinologista, CRM-ES 7019.
Por favor observe que apenas um médico poderá solicitar exames e estabelecer um diagnóstico, que pode requerer exames adicionais não listados neste artigo.
Diabetes: um problema silencioso
Muitas pessoas só descobrem a diabetes quando estão graves ou quando já exigem cuidados específicos. Por isso, é importante o acompanhamento médico regular e não se automedicar para mascarar os sintomas.
43 amputações diárias no Brasil por causa da diabetes
O Brasil registra a triste marca de 43 amputações de membros inferiores por dia, decorrentes de complicações da doença. Os dados, do Ministério da Saúde, se referem à soma de 10.546 amputações feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) entre janeiro e agosto de 2020, ao custo de R$ 12,3 milhões.
A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) alerta que o principal motivo que leva a essas amputações é a falta de cuidados com a doença, a causa mais comum para amputações de pés e pernas, com cerca de 60%.
Em 85% dos casos, o problema aparece como uma ulceração nos pés, ou seja, uma lesão nos tecidos, que pode ser tratada. O diabetes causa perda da sensibilidade, e os ferimentos podem evoluir para o chamado pé diabético, chegando aos casos graves de gangrena que necessitam de amputação.
O paciente diabético precisa ficar atento a qualquer sinal nos pés, como frieiras, bolhas, ferimentos e calos. Os cuidados envolvem secar os pés com cuidado após o banho, manter a pele hidratada, utilizar meias de algodão e evitar sapatos fechados.
Fonte: https://acvida.com.br/
Foto: Freepik